Charmoso decide morrer





O que hoje quero escrever tem tudo e ao mesmo tempo nada haver com este filme. Quero falar-vos sobre a minha bipolaridade. Ser bipolar é uma questão muito relativa. Todos podemos ser bipolares. Eu tenho a sorte de ter uma Mulher fantástica, que me ama e que faça eu a pior asneira de fizer me perdoa. Percebe até melhor que eu as necessidades que tenho, e diz-me que é feliz do meu lado no metter what.
Mas o que ela não compreende é porque é que um dia chegou a casa e eu tinha 20 ansíoliticos todos alinhados na horizontal, juntinhos a 500ml de água. Se ela não compreende eu também não. Sou feliz porque raio ia acabar com a minha vida? Agora para além de tudo, fico também a dever a minha vida a esta mulher que eu escolhi para me mostrar o caminho até à velhice.





Eu sou feliz, mas alguns acontecimentos da minha vida, todos em conjunto deitaram a minha capacidade de ser racional abaixo. Para além disso descobri, que sou um ser solitário e não tenho ninguém com quem me abrir, desabafar, chorar. E quando me senti sozinho com tudo cá dentro para dizer, e não haver ninguém para o ouvir, decidi-me a não querer viver assim, com a pressão de precisar de desabafar.



Agora apenas preciso de uma amiga para desabafar. A própria Mulher me incentiva a isso, mas amigas tenho muitas, mas todas só precisam de mim para pinar. Para falar e desabafar o caso é outro.



Foi uma grande asneira e já passou. Agora repouso. Muito repouso. Mas o trabalho não para.